São Paulo - Elas lavam, passam, cozinham e ficam mais tempo
expostas ao sol - logo, mais vulneráveis ao fotoenvelhecimento e às agressões
do cotidiano, como por exemplo o manejo de detergentes e a utilização frequente
de água. Tudo isso afeta o estado da pele e a aparência das mãos: não por acaso
elas são acusadas de entregar a idade mesmo em gente "conservadinha".
Com menos fibras de colágeno, as dermatologistas Marjorie Melo e Patrícia
Rittes recomendam cuidados redobrados com a mãos e dão dicas para mantê-las
saudáveis.
Segundo as especialistas, os primeiros sinais ou manchas costumam aparecer nas
mãos. O rosto e o corpo até que enganam, já que recebem atenção maior e são
alvos constantes de produtos rejuvenescedores. No entanto, nas mãos, a derme
tem menos espessura, com menor quantidade de colágeno se comparado com outras
partes do corpo. Por isso, é importante o hábito de lavar as mãos e passar
protetor solar, da mesma forma que é feito no rosto. À noite, não se esqueça de
passar um hidratante.
As manchas decorrentes do acúmulo de sol são tratadas hoje com os lasers e
luzes pulsadas, que não ferem e nem fazem casquinha ou feridas. Para prevenir o
envelhecimento, especialistas recomendam estimular a produção de colágeno com o
uso de ácidos e aparelhos como a luz pulsada. Quanto aos peelings, tome cuidado
para não escolher um tipo que seja muito agressivo para a mão porque o processo
de cicatrização é pior do que no rosto.
Para suavizar os sulcos que aparecem com a idade, os preenchimentos
temporários, como o Macrolane (ácido hialurônico), levantam a pele e a
homogeneízam, dando jovialidade às mãos. Duram dois anos e depois podem ser recolocados.
As pessoas que transpiram muito têm um risco maior de desenvolver patologias
como a disidrose, que corresponde à formação de vesículas na palma das mãos e
dos pés de caráter recidivante e que, muitas vezes, são associadas a infecções
fúngicas.